quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Riscos por falta de "controle"

Muito se fala e infelizmente pouco se faz. Recentemente estava estudando aspectos de "Gestão" que prejudicam setores vitais para as empresas e comecei a comparar com o que se chama de "Dicotomia Público x Privado" e nesse sentido notei que embora exista muita informação dísponível, alguns empresários apenas ignoram. Analisem, se via de regra quem dita as normas é o Estado, através de Leis, Decretos e demais normas, assim subentendo que serão seguidas pelas organizações privadas, estes por sua vez, criam suas NPE- Normas Próprias Empresariais e em pleno século XXI, simplesmente subestimam ás normas editadas. Assim por muito tempo ouvia dizer "Isso jamais acontecerá comigo" e em flash fiscal, simplesmente viam uma boa parte ou até todas as suas economias falsas, ou seja, deixa-se de investir em bens/serviços necessários em detrimento por falta de conhecimento de importância e ai, nesse momento, descobrem que além de não investirem, achavam que tinham controle por medo de delegar funções. Noutro caso, um empresário dizia, "se tiver que fazer tudo, como mandam, fecho", esse não fechou, contratou uma empresa de auditoria e está revendo seus conceitos. Agora, não basta apenas querer controlar se não oferece meios ou oculta informações, vamos combinar.

Governança Corporativa - A origem

Na primeira metade dos anos 90, em um movimento iniciado principalmente nos Estados Unidos, acionistas despertaram para a necessidade de novas regras que os protegessem dos abusos da diretoria executiva das empresas, da inércia de conselhos de administração inoperantes e das omissões das auditorias externas.

Conceitualmente, a Governança Corporativa surgiu para superar o "conflito de agência", decorrente da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. Nesta situação, o proprietário (acionista) delega a um agente especializado (executivo) o poder de decisão sobre sua propriedade. No entanto, os interesses do gestor nem sempre estarão alinhados com os do proprietário, resultando em um conflito de agência ou conflito agente-principal.

A preocupação da Governança Corporativa é criar um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o interesse dos acionistas.

A boa Governança proporciona aos proprietários (acionistas ou cotistas) a gestão estratégica de sua empresa e a monitoração da direção executiva. As principais ferramentas que asseguram o controle da propriedade sobre a gestão são o conselho de administração, a auditoria independente e o conselho fiscal.

A empresa que opta pelas boas práticas de Governança Corporativa adota como linhas mestras a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa. Para tanto, o conselho de administração deve exercer seu papel, estabelecendo estratégias para a empresa, elegendo e destituindo o principal executivo, fiscalizando e avaliando o desempenho da gestão e escolhendo a auditoria independente.

A ausência de conselheiros qualificados e de bons sistemas de Governança Corporativa tem levado empresas a fracassos decorrentes de:

- Abusos de poder (do acionista controlador sobre minoritários, da diretoria sobre o acionista e dos administradores sobre terceiros);
- Erros estratégicos (resultado de muito poder concentrado no executivo principal);
- Fraudes (uso de informação privilegiada em benefício próprio, atuação em conflito de interesses).
Fonte: site IBGC